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Curiosidades Contábeis

Nesta página você encontrará algumas curiosidades que compõem a Contabilidade ,a exemplo: seu símbolo ,seu "pai" ,seu padroeiro ,entre outras. Para facilitar sua busca, utilize os botões abaixo.

Conteúdos, da página, organizados em ordem alfabética:
Qual logotipo da contabilidade e o que representa ?

O caduceu é um bastão, entrelaçado com duas serpentes, que, na parte superior,  tem duas asas ou um elmo alado. Sua origem é explicada, mitologicamente, pela suposta intervenção de Mercúrio, diante de duas serpentes que lutavam e que se enrolaram em seu bastão.

Com o objetivo de explicar o significado desse símbolo, muito apreciado por profissionais da área contábil, existem diversos pontos de vista:

  • Do ponto de vista racional, o caduceu é definido mais por sua composição que por sua natureza e por seu sentido Elemental. Assim, sua organização simétrica, expressa a ideia de equilíbrio ativo de forças adversárias [equivalentes] que se contrapõem originando uma forma estática e superior. A simetria existe nas serpentes e nas asas. Ela ratifica esse estado supremo de força e autodomínio, tanto no plano inferior (serpentes equivalem a instintos) quanto no plano superior (asas equivalem à espíritos).

  • Do ponto de vista dos elementos o caduceu representa a integração desses, correspondendo o bastão a terra, as asas ao ar, as serpentes à água e ao fogo (movimento ondulante da onda e da chama).

  • Do Ponto de vista esotérico [saindo da razão], o bastão do caduceu corresponde ao eixo do mundo e suas serpentes aludem à força Kundalini [força que move Universo] que, segundo os ensinos tântricos [espiritualidade na Índia], permanece adormecida e enroscada sobre si mesma na base da coluna vertebral (símbolo da faculdade evolutiva da energia pura).

  • Para os Romanos, o caduceu é símbolo do equilíbrio moral e da boa conduta: o bastão expressa o poder; as duas serpentes, a sabedoria; as asas, a diligência; o elmo é emblemático de pensamentos elevados.

  • Para os mesopotâmicos e gregos, as duas serpentes, entrelaçadas, são o símbolo do deus que cura as enfermidades.

  • De acordo com o escritor alemão Schneider, os dois S formados pelas serpentes correspondem à doença e à convalescença [período de recuperação da enfermidade].

Vale ressaltar que, além de ser um dos símbolos da Contabilidade, o caduceu é, também, a insígnia do bispo católico ucraniano. É ,ainda, há muito tempo, o símbolo do comércio e dos viajantes, sendo por isso utilizado em emblemas de associações comerciais, escolas de comércio e estações de estradas de ferro.

Observação: antigamente, eram atribuídos ao caduceu poderes mágicos. Algumas lendas existem sobre o caduceu do deus Mercúrio [Hermes], a exemplo: transformação em ouro de tudo o que era tocado por ele; atração das almas dos mortos; as trevas podiam ser convertidas em luz.

 

 

Caduceu o logotipo da contabiidade.

Fontes: Google Imagens e crcpb.org.br[adaptado]

Anél contábil

Atuando em uma das mais antigas profissões do mundo (a Contabilidade já era exercida na Suméria há quase 6.000 anos), o contabilista criou o anel da profissão. No Brasil, o anel vem desde o tempo dos "peritos-contadores" (há mais de 50 anos).

O anel do contabilista, união de diversos símbolos contábeis, além dessa, tem as seguintes características:

1- estrutura em ouro;

2- pedra principal cor de rosa escuro (rubislite);

3- ladeando a pedra principal, dois brilhantes;

4- em uma lateral, a Tábua da Lei em platina ou ouro branco (com a palavra “Lex”);

5-em outra lateral, o caduceu estilizado em platina ou ouro branco.

A estrutura de ouro [peça chave na formação do anel] não só vincula os símbolos contábeis, mas também seus respectivos significados. Assim, é possível afirmar que, o anel estabelece o compromisso do profissional da área com os significados de diversos símbolos relevantes a Contabilidade.

A escolha da pedra principal teve influência do Direito, afinal a contabilidade é uma das profissões que mais se baseia no conhecimento jurídico. Assim, a Turmalina Rosa Clara representa a afinidade da profissão contábil com a lei.

Os brilhantes [pedras que de brutas passam a ser límpidas] representam a averiguação de fatos contábeis para promover a transparência (uma das características marcantes da profissão).

A Tábua da Lei pode ser entendida como representação da Ética e da Moral nos serviços prestados aos usuários da contabilidade pelos seus profissionais.

O caduceu deve ser dividido para melhor compreender o seu significado no anel contabilista. Assim, o elmo representa os pensamentos elevados (éticos, verdadeiros); o bastão representa o poder da profissão; a serpente representa a sabedoria; as asas representam a diligência (zelo pela atividade desenvolvida).

Anel do contabilista.

Fontes: Google imagens;www.crcmg.org.br

[adaptado]

Deus Mercúrio/Hermes

Fontes: Google imagens;crcpb.org.br

[adaptado]

Mercúrio (para os romanos) é chamado de Hermes pelos gregos.  Ele é filho do deus Zeus e da ninfa Maia e é irmão de Apolo. Por ter habilidade para a troca desde o nascimento, Mercúrio é também o deus do comércio. Seu talento com as palavras rendeu-lhe o título de deus da eloquência [ação de persuadir] e esse talento somado à capacidade de deslocar-se com a velocidade do pensamento lhe rendeu, também, a função de mensageiro de Zeus.

Dono do caduceu, Mercúrio foi escolhido como um dos símbolos da Contabilidade, ciência que garante a gestão eficiente dos negócios. Cultuado como o deus propiciador da fortuna, ele representa o papel exercido pelos Contabilistas nas empresas.

Mercúrio era o deus mais ocupado, possuindo mais encargos do que os demais. Sua importância fica demonstrada pela frequência com que ele aparece na mitologia. Inteligente e perspicaz, Hermes inventou a Lira, que é feita com casco de tartaruga e suas cordas, com tripas de boi. O instrumento musical foi dado a Apolo, que se encantou com o objeto e, como retribuição, presenteou o irmão mais novo com o caduceu.

Observação: apesar de ser, na mitologia, um deus desonesto e trapaceiro, astuto e mentiroso, divindade do lucro e protetor dos ladrões, ele foi escolhido como um dos símbolos da Contabilidade. Porém, em hipótese alguma, o lado negativo do deus deve servir de símbolo para a Ciência Contábil.

Estátua do deus mercúrio.

Luca Pacioli/Paciolo

O frei italiano Luca Pacioli ou Paciolo [pai da Contabilidade moderna] nasceu no século XV e tinha 49 anos quando foi editada, em Veneza, a sua obra “Summa de arithmetica, geometria proportioni et propornalità”, na qual está inserido “Particulario de computies et scripturis”, capítulo que versa sobre o método das partidas dobradas.

Embora não seja o autor das partidas dobradas, é um grande difusor dos critérios de escrituração mercantil, tendo inaugurado uma nova fase na literatura da Contabilidade.

Além de frei, Pacioli foi mestre, escritor, matemático, teólogo e se tornou um ícone da história por ter sido o autor da primeira obra impressa sobre escrituração por partidas dobradas (um dos mais importantes critérios de registros utilizados até hoje).

Frei Luca Pacioli.

Fontes: Google imagens;crcpb.org.br

[adaptado]

João Lyra Tavares "O Patrono da Contabilidade Brasileira"

João de Lyra Tavares nasceu em 23 de novembro de 1871 na cidade de Goiana - PE. Ele faleceu em 30 de dezembro de 1930 no Rio de Janeiro. João Lyra era o terceiro filho de Feliciano de Lyra Tavares e Maria Rosalina de Albuquerque Vasconcelos.

Quando criança, aos três anos de idade, seguiu com sua família para o Rio Grande do Norte, estabelecendo-se na cidade de Macaíba. Nesta cidade, João Lyra viveu a infância e a adolescência. Lá, se fez abolicionista e se fez republicano, além de fazer-se orador inflamado nas diversas passeatas cívicas. Ele editou vários boletins políticos e foi correspondente da República.

Em Pernambuco, João Lyra residiu entre os anos de 1895 a 1902. Foi guarda-livros e chefe de escritório das firmas: Lyra Tavares e Fabrício & Cia. Nesse Estado, como comerciante, teve uma atuação destacada. Lá, fundou uma Associação de Guarda-Livros e foi membro da Associação Comercial do Recife.

Viajou para a Paraíba, onde residiu de 1902 a 1914, foi eleito deputado estadual sendo o relator da despesa e receita do Estado. Lá, além de ser professor, possuiu comércio e escreveu para os jornais mais importantes daquele Estado. Ele, ainda, atuou na política, foi historiador e economista, autor de obras didáticas e estudioso de geografia.

Em 1914, a convite do então ministro Rivadávia Corrêa, esteve, pela primeira vez, na cidade do Rio de Janeiro, à época capital da República. Lá, tomou parte da Comissão escolhida para estudar a reorganização da Contabilidade do Tesouro Nacional.

Em 1915, João de Lyra Tavares foi eleito Senador pelo Rio Grande do Norte, cargo que ocupou até o fim de sua vida. No Senado, foi membro eminente da Comissão de Finanças e sempre ressaltou os benefícios que a sociedade brasileira teria com o reconhecimento de uma classe de contadores públicos.

Em 1926, no almoço feito em sua homenagem pelas Entidades Contábeis Paulistas, João de Lyra Tavares foi aclamado Presidente do Supremo Conselho da Classe dos Contabilistas Brasileiros. Na ocasião, fez um discurso defendendo a criação do Registro Geral dos Contabilistas Brasileiros, marco decisivo para o processo de organização dos Contabilistas em bases profissionais, que culminou com a criação do sistema CFC/CRC's [Conselho Federal de Contabilidade; Conselhos Regionais de Contabilidade], ocorrida 20 anos depois.

Sabemos que, João Lyra sempre defendeu o desenvolvimento acadêmico da Contabilidade. Por muito tempo, ele escreveu e propagou a necessidade de ensinar e de estudar os fundamentos contabilísticos nas escolas. Isso porque, no Brasil, só se ensinavam técnicas de escrituração contábil na escola prática de Contabilidade. O aluno não estudava as funções contabilísticas, as suas causas e os seus efeitos. Assim, não tinha muita noção acerca do que estava fazendo.

João Lyra Tavares, no dia 25 de abril de 1926, no Hotel Terminus, em São Paulo, como forma de agradecimento às homenagens que lhe prestavam os profissionais da Contabilidade, teria afirmado em seu discurso: “Trabalhemos, pois, tão convencidos de nosso triunfo, que desde já consideramos 25 de abril, o Dia dos Contabilistas Brasileiros”. Por tal afirmação, o Conselho Federal de Contabilidade e os sindicatos dos contabilistas defendem que o “Dia do Contabilista” foi instituído em 25/04/1926 pelo Senador. Vale ressaltar que, contabilista é um substantivo que se refere tanto ao Técnico, quanto ao Bacharel em contabilidade.

Em 28 de maio de 1926, um mês e três dias após o discurso, foi criada, através do Decreto Federal nº 17.329, a primeira escola oficial com o objetivo de ensinar Contabilidade: a Escola de Comércio. Vale ressaltar que, antes de 1926, existiam escolas, não oficiais, que ensinavam o aluno a praticar os registros contábeis. A primeira escola, que ensinou tal prática, foi criada em 1902, e, em 1905, - os diplomas - expedidos por essa escola foram reconhecidos como oficiais pelo Decreto Federal nº 1.339, de 09/01/1905.

Além de oficializar o ensino da Contabilidade, para o Senador era necessário estabelecer os direitos e as obrigações dos profissionais que trabalhavam com ela. Isso só ocorreu após a morte de João Lyra. Assim, em 30 de junho de 1931, o Brasil, através do Decreto Federal Nº 20.158, organizou o seu ensino comercial, e, por meio desse decreto, foram criados diversos cursos; entre eles: o de guarda-livros e o dos peritos-contadores.

Em 22 de setembro de 1945, foi criado o curso de Ciências Contábeis [curso universitário]. Este curso capacita profissionais intitulados “Contadores”. Vale lembra que, os antigos peritos-contadores foram equiparados aos ”Contadores”. Vale frisar também que, em 28 de abril de1958, através da Lei 3.384, os guarda-livros passaram a ser chamados de “Técnicos em Contabilidade”.

Sendo assim, tudo que o Senador Lyra Tavares defendeu acabou por se concretizar. Por isso, ele recebeu, merecidamente, o título de “Patrono da Contabilidade Brasileira”. Hoje é nome da maior condecoração emanada do Conselho Federal de Contabilidade: Medalha de Mérito Contábil "João Lyra".

Observação: apesar do dia 25 de abril ser considerado o “Dia do Contabilista”, pelo CFC, alguns historiadores preferem o chamar de “Dia da Contabilidade”. Para tanto, eles utilizam o seguinte argumento: “A profissão de guarda-livros (técnico em Contabilidade) foi criada, somente, em 1931, e a de Contador, apenas foi, em 1945. Portanto, o Senador da República, em 25 de abril de 1926 [antes da existência das categorias], não mencionou o termo “Contabilista” com a intenção de referir-se aos Técnicos ou aos Contadores, mas mencionou com a intenção de referir-se à profissão contábil (Contabilidade).

Senador João Lyra.

Fontes: Google imagens;crcpb.org.br

[adaptado]

São Mateus "O Padroeiro dos Contabilistas"

De origem judaica, nascido em Cafarnaum, recebeu de Alfeu, seu pai, o nome Levi. Foi contabilista e um dos doze apóstolos de Jesus Cristo.

Mateus era um arrendatário de tributos (rendeiro) e atuava na área da Contabilidade Pública. Era necessário um rígido controle para o exercício da sua profissão, o qual se refletia: na formulação do documentário contábil, na sua exibição e em sua revelação. Não era bem visto pela sociedade, sendo considerado um pecador porque era um cobrador e arrecadador de tributos. O local onde os tributos eram pagos chamava-se Telônio e neste mesmo lugar funcionava uma casa de cambia (trocava-se moeda estrangeira).

Cafarnaum, à época uma província romana, era cortada pelas principais estradas da Palestina. Jesus Cristo tinha especial simpatia por essa cidade, tendo nela pregado a sua doutrina.

Em sua peregrinação, Cristo passou diante do Telônio de Levi, parou, e disse: "Segue-me". No mesmo momento, Levi levantou-se e acompanhou o Mestre, abandonando seus lucrativos negócios. A partir do chamado, Levy troca de nome e de vida, deixa de lado as mordomias que o dinheiro lhe proporcionava e foca o rumo da sua vida para Deus (diz São Jerônimo que Levi, vendo Cristo, ficou atraído pelo brilho da divina majestade que fulgurava em seus olhos).

Após converter-se ao cristianismo, adotou o nome de Mateus, que significa "o dom de Deus”. Mateus foi o primeiro dos quatro evangelistas. Antes de sua conversão era o mais instruído e rico de todos. Escreveu o relato das pregações de Cristo por volta dos anos 50 d.C. na língua siro-chaldaico. O seu evangelho é considerado o mais completo, bonito e organizado [qualidade de um Contador], deixando uma grande obra como escritor evangelista.

Assim que recebeu o dom da sabedoria, saiu por várias regiões para a difusão religiosa. Pregou, em primeiro lugar, na própria Palestina, e em seguida, dirigiu-se à Arábia e Pérsia, deslocando-se finalmente para a Etiópia, onde faleceu.

São Mateus foi proclamado "Celeste Patrono dos Contabilistas" em 06 de agosto de 1953, por iniciativa dos Colégios de Contabilistas Italianos. Vale ressaltar que, no dia 21 de Setembro comemoramos o Dia de São Mateus, Santo Padroeiro dos Contabilistas.

São Mateus.

Fontes: Google imagens;sócontabilidade

[adaptado]

Caduceu
Anel Contabilista
Mercúrio
Luca Pacioli
João Lyra
São Mateus

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Editado por : Alisson Ricardo Costa Santos

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